Nova Iorque (EFE) A cada ano, 1,4 milhão de crianças morrem no mundo devido a doenças que podem ser prevenidas com vacinas, como sarampo, coqueluche ou tétano, denunciou ontem o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Além disso, no futuro, mais 1,1 milhão de crianças poderiam ser salvas com vacinas contra o pneumococo e o rotavírus, que são duas grandes causas de pneumonia e diarréia graves no mundo em desenvolvimento.
No total, segundo a ONU, caso se alcançasse no mundo todo uma taxa de imunização de 90% (objetivo definido em 2002), seria possível evitar um quarto das mortes de crianças com menos de 5 anos, e que somam 10,6 milhões a cada ano.
O mais recente relatório do Unicef destaca que, em muitos países, está acontecendo um retrocesso nas campanhas de vacinação, que salvaram milhões de vidas nos últimos anos. Calcula-se que 41 países estão protegendo menos sua população com vacinas que há dez anos, e que 27 milhões de crianças e 40 milhões de mulheres grávidas não recebem este tipo de imunização.
Apesar dos avanços científicos e da queda do preço das vacinas, a ONU estima que um em cada quatro recém-nascidos tem risco de contrair doenças que poderiam ser evitadas através da vacinação.
O retrocesso nas campanhas de vacinação causou, por exemplo, o reaparecimento de doenças erradicadas, como a poliomielite. No ano passado, houve um grave foco desta doença na África Central, que se propagou rapidamente para vários países da região e do Oriente Médio.
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