Manifestantes queimam cartazes com foto do presidente Bashar Assad, em Atenas, na Grécia| Foto: John Kolesidis/Reuters

Forças de segurança sírias mataram ao menos 800 civis desde o início dos protestos pró-democracia, há sete semanas, afirmou on­­tem a organização de direitos humanos da Síria Sawasiah. O grupo, fundado pelo advogado que está preso Mohannad al-Hassani, informou em um comunicado que entre os mortos estão 220 vítimas atacadas pelo Exérci­­to apoiado com tanques na cidade de Deraa.

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Ontem, as tropas do Exército sírio se espalharam por várias regiões do país e entraram na ci­­dade litorânea de Baniyas, onde ocorreram fortes protestos contra o regime de Bashar Assad, relataram ativistas de direitos humanos.

O presidente da Comissão Sí­­ria de Direitos Humanos, Walid Saffour, disse à tevê Al Jazeera que "as forças de segurança entraram em algumas áreas de Baniyas, o que atribui à ação um caráter sectário".

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Saffour não especificou em que parte da cidade as forças da ordem entraram, mas fontes da oposição apontaram que as ações ocorreram em bairros sunitas.

A rede opositora "Sham" in­­for­­mou hoje que há tanques e membros das forças de segurança nas ruas na cidade de Deraa e em ou­­tras áreas desta província, epicentro da revolta contra o regime sí­­rio.

Em Deraa, as comunicações te­­lefônicas e a conexão à internet estão cortadas há dias e seus habitantes denunciam uma situação insustentável agravada pela falta de alimentos e de remédios.

A chegada de tropas à cidade ocorre um dia depois que milhares de pessoas saíram às ruas para pedir a saída de Bashar Assad do poder.

No sábado, as forças de segurança sírias mataram ao menos 27 manifestantes que exigiam o fim do regime, denunciaram ativistas de direitos humanos. Teste­­munhas disseram que as manifestações começaram depois da oração principal de sexta-feira, em cidades de todo o país – de Banias, na costa mediterrânea, até Qamishly, no leste curdo.

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O confronto mais sangrento aconteceu no centro da cidade de Homs, em que 15 manifestantes foram mortos, disse o ativista Ammar Qurabi. A televisão estatal síria disse que um oficial do Exército e quatro policiais foram mortos em Homs por uma "quadrilha criminosa".