Ataques aéreos israelenses contra o Hamas em Gaza atingiram uma mesquita e um centro para pessoas com deficiência, provocando a morte de duas mulheres. O número de mortes entre os palestinos desde o início da ofensiva já chega a 126 e são pelo menos 926 os feridos, conforme autoridades palestinas.
As Forças Armadas israelenses disseram que a mesquita escondia foguetes como os que foram utilizados em disparos militantes de Gaza contra Israel em resposta à ofensiva de cinco dias. Os militares disseram ainda que investigam alegações sobre os outros locais atingidos.
Em Israel, o fluxo contínuo de foguetes não provocou nenhuma morte. O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza Ashraf al-Kidra ressaltou que ataques israelenses durante a noite elevaram o número de mortos.
Neste sábado (12), a ofensiva não mostrava sinais de desaceleração. O ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, disse que o país deve se preparar para mais dias de confronto. "Vamos continuar punindo o Hamas até o retorno da calma e segurança para o sul de Israel e o resto do país", disse Yaalon após reunião com autoridades de segurança.
O Hamas acusa Israel de atingir mais de uma mesquita com os ataques. "O bombardeio de duas mesquitas em Gaza durante a madrugada mostra quão bárbaro é esse inimigo e quão hostil é ao Islã", disse Husam Badran, porta-voz do Hamas em Doha, no Qatar. "Esse terrorismo nos dá o direito de ampliar as respostas para deter esse ocupante."
As Forças Armadas israelenses divulgaram uma imagem aérea da mesquita que dizem ter atingido, argumentando que o Hamas escondeu foguetes nela e perto de outro local religioso e de casas de civis. "Os terroristas do Hamas exploram de forma sistemática e escolhem colocar os palestinos em Gaza no caminho do perigo e continuam colocando as suas posições entre áreas civis e mesquitas, provando mais uma vez o seu desprezo pela vida humana e pelos locais sagrados", disse o tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz militar israelense.
As Forças Armadas de Israel dizem ter atingido mais de 1.100 alvos, incluindo lançadores de foguetes, centros de comando e de fabricação de armas e instalações de armazenamento. No entanto, as autoridades de Gaza argumentam que os ataques também atingiram instituições de caridade e bancos, bem como casas para pessoas com deficiência e mesquitas. O "Domo de Ferro", sistema de defesa de Israel, interceptou mais de 130 foguetes disparados contra o país.