Um novo relatório elaborado por investigadores ligados ao Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas aponta novas evidências de que as autoridades russas cometem crimes de guerra durante a invasão a Kiev, que completou dois anos no mês passado.
Segundo as denúncias, as ações de Moscou violaram uma série de direitos humanos internacionais. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (15).
O novo balanço evidenciou que, durante as incursões russas na Ucrânia, civis foram mortos, além dos militares terem praticado torturas, estupros e apropriação de bens culturais do país invadido. A comissão da ONU realizou 16 visitas recentes à Ucrânia e tirou as conclusões a partir de entrevistas com centenas de mulheres e homens.
"Novas evidências reforçam as conclusões anteriores da Comissão de que a tortura utilizada pelas autoridades russas na Ucrânia e na Federação Russa tem sido generalizada e sistemática", diz um trecho do documento.
O novo relatório descreve casos de "tratamento horrível" perpetrado contra prisioneiros de guerra ucranianos em centros de detenção na Rússia. Ainda, são relatados casos de estupro e outros tipos de violência sexual contra mulheres.
Os investigadores da ONU também afirmaram que foi possível encontrar provas adicionais relativas à deportação ilegal de crianças ucranianas para áreas sob controle de Moscou. O mandatário russo, Vladimir Putin, que governa o país com mão de ferro, recebeu uma ordem de prisão no ano passado do Tribunal Penal Internacional (TPI) por suposta transferência de menores de idade de Kiev.
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