Ataques aéreos do governo sírio na cidade de Aleppo deixaram 85 mortos, informou ontem o Observatório Sírio para Direitos Humanos, na medida em que os confrontos no país continuam após dez dias de negociações de paz inconclusivas. O ataque ocorreu após um carro bomba do Hezbollah explodir na fronteira com o Líbano e matar quatro pessoas, no sábado, aumentando o temor de um contágio do conflito. Helicópteros atiraram explosivos em áreas controladas por rebeldes em Aleppo uma tática controversa amplamente condenada por grupos de direitos humanos. "Pelo menos 85 pessoas foram mortas, incluindo 65 civis, dez dos quais eram crianças", disse o Observatório.
Aleppo foi dividida entre áreas controladas pelo regime e as controladas pelos rebeldes. Os confrontos entre os dois lados deixaram a cidade histórica em ruínas.
O Observatório disse ainda que o total de mortos na guerra civil da Síria superou 136 mil, sendo que janeiro foi um dos meses mais sangrentos desde que o conflito eclodiu em março de 2011. O conflito fez milhares de pessoas fugirem do país e já atinge os vizinhos Líbano e Iraque, que compartilham as tensões sectárias da Síria.