As mortes de seis soldados em dois dias de combates no Afeganistão deixaram a França de luto na quinta-feira durante as celebrações do 14 de Julho, a festa nacional que lembra a Queda da Bastilha. Homenageados na cerimônia na Avenida Champs-Elysées os jovens mortos também foram tema de uma reunião de crise no Palácio do Eliseu, com o objetivo de aumentar a segurança das tropas. Preocupado com a repercussão política, o presidente Nicolas Sarkozy confirmou o calendário de retirada das forças até 2014.
Para quem acompanhou o desfile militar no centro de Paris, os sinais de luto não eram evidentes. Como reza a tradição, a Patrouille de France (a Esquadrilha da Fumaça francesa) abriu a parada com um sobrevoo sobre o Arco do Triunfo. Seguiram-se exibições de Aeronáutica, do Exército, Marinha, bombeiros, polícia, instituições e escolas. Mas, apesar das aparências, as autoridades políticas reforçaram o ar de sobriedade no palanque.
Em nota, o Palácio do Eliseu confirmou logo após o desfile a morte de mais um soldado durante confronto no Afeganistão. O militar participava com policiais afegãos de uma operação de revista da região, quando foi atacado. Na quarta-feira, cinco outros soldados morreram durante um ataque na Província de Kapisa. As seis vítimas elevaram a 70 o número de militares franceses mortos desde 2001.
As perdas levaram Sarkozy a reiterar a retirada das tropas. Em 2012, mil homens dos 4 mil enviados à região retornarão ao país. "A retirada se estenderá até 2013. O calendário de retirada deve ser cumprido de forma organizada com os aliados e de acordo com os afegãos, que tomarão o controle da segurança do país", condicionou o presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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