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Pelo menos 215 pessoas morreram até o momento nos atentados de sexta-feira na cidade nigeriana de Kano, obra do grupo radical islâmico Boko Haram, informou ontem o jornal local Leadership.

O periódico nigeriano, um dos mais importantes do norte do país, baseia esses números nas observações feitas por seus correspondentes, que visitaram necrotérios de vários dos principais hospitais de Kano.

Ilustrada com uma fotografia de corpos empilhados no reboque de uma caminhonete, a reportagem indica que o número poderia continuar aumentando, já que há inúmeras pessoas gravemente feridas nos hospitais visitados.

Nem a Polícia nem a Cruz Vermelha divulgaram ainda números de maneira oficial, pois continuam recolhendo e organizando dados.

O governo do estado de Kano, cuja capital é a cidade homônima, reduziu o toque de recolher de 24 horas previamente imposto. A partir de agora, a medida será vigente entre 19h e 6h locais (16h e 3h de Brasília).

O comissário estadual de Informação, Umar Farouk, anunciou neste sábado a medida pela rádio para que os nigerianos possam seguir realizando suas ocupações diárias.

No entanto, agentes armados das forças de segurança desdobrados na cidade após os ataques seguem patrulhando as ruas da cidade e vigiando os pontos estratégicos.

A maioria dos atentados, realizados com explosivos e armas leves, ocorreu no bairro de Bombai, onde ficam as sedes da Polícia estadual, várias delegacias e a residência oficial do subcomissário de Polícia, todas elas atacadas.

Outros alvos dos terroristas foram os escritórios do Serviço de Segurança Estatal (serviço de inteligência nigeriano) e de Imigração.

O Boko Haram – cujo nome significa "a educação não islâmica é pecado" em línguas locais – luta para instaurar a lei islâmica (Sharia) no norte da Nigéria, de maioria muçulmana, enquanto o sul de país é predominantemente cristão.

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