Bagdá Os mortos nas explosões em série ocorridas na terça-feira no Iraque subiram para 250, tornando a ação a mais violenta no país desde o início do conflito, em 2003. O segundo pior ataque desde a invasão americana ocorreu em novembro de 2006, quando a explosão de seis carros-bomba matou 215 e feriu outros 250.
Nos ataques de anteontem, cinco carros-bomba explodiram em uma área residencial onde vivem membros da minoria religiosa Yazidi. A ação, ocorrida em uma área entre as vilas de Qahtaniya e Al Jazeera, a oeste de Mossul, no norte do Iraque, também feriu cerca de 350 pessoas.
De acordo com Dakhil Qassim, prefeito do distrito de Sinjar, o número de mortos ainda pode chegar a 500. "Ainda estamos realizando buscas, e devemos chegar ao número final amanhã ou na sexta-feira. Estamos recolhendo muitos pedaços de corpos, é difícil contabilizar". Após as explosões, autoridades impuseram um toque de recolher em Sinjar, que fica próximo da fronteira com a Síria.
Os EUA afirmaram ontem que suspeitam da ligação da rede terrorista Al-Qaeda com os ataques suicidas na região Yazidi. De acordo com o Exército, "ainda é cedo" para atribuir a responsabilidade a algum grupo, mas a "proporção e a natureza coordenada dos atentados" aponta para uma possível ação da rede.
"Consideramos a rede Al-Qaeda a principal suspeita", afirmou o porta-voz militar Christopher Garver. Os EUA condenaram os atentados, que qualificaram de "bárbaros". O premier iraquiano, Nouri al Maliki, divulgou um comunicado atribuindo a ação a "forças terroristas que buscam alimentar a violência sectária e prejudicar a unidade nacional".
Ontem, cinco pessoas morreram em uma emboscada armadas contra um microônibus que transportava civis perto de Khalis, 80 km ao norte de Bagdá, onde supostos membros da rede Al-Qaeda montaram um falso posto de controle.