O número de mortos nos confrontos entre as forças de segurança nigerianas e membros de uma seita islâmica na cidade de Bauchi subiu para 40, mas a paz foi restaurada, disseram a Cruz Vermelha e a polícia local nesta quarta-feira.
Soldados e a polícia da Nigéria entraram em conflito com membros da seita, que estavam armados com facões, em uma zona de casas populares nos arredores de Bauchi, na segunda-feira, disseram os moradores da região.
"No todo, 40 pessoas foram mortas, 37 delas eram membros da seita, duas eram inocentes e uma era membro das forças de segurança", disse Adamu Abubakar, diretor de operações da Cruz Vermelha na Nigéria, à Reuters.
"Agora estou dentro do hospital especializado para qual os feridos foram trazidos. Originalmente eram 16, mas um menino de sete anos morreu desde então", disse ele.
O porta-voz da polícia nacional Emmanuel Ojukwu disse que a paz havia sido restaurada na cidade. Ele disse que 38 pessoas morreram.
Nos últimos anos têm acontecido conflitos periódicos de violência religiosa na Nigéria, dividida entre um norte predominantemente muçulmano e um sul cristão, mas os confrontos têm sido motivados geralmente por rivalidades sobre recursos ou políticas locais.
Moradores locais disseram que havia suspeitas de que os membros da seita teriam crenças similares às do Boko Haram, um grupo islâmico radical na cidade de Maiduguri que defende uma adoção mais ampla da sharia (a lei islâmica) na Nigéria.
Os confrontos entre as forças de segurança e os membros do Boko Haram mataram centenas de pessoas em Maiduguri em julho antes que o líder do grupo fosse morto.
A Nigéria tem a maior população muçulmana da África subsaariana. A maioria dos líderes islâmicos do país e religiosos não concordam com as visões de grupos como o Boko Haram.