Equipes de resgate retiraram ontem mais 20 cadáveres da maior mina de carvão da Rússia. Cinquenta e oito mineiros ainda estão desaparecidos, enquanto a água inunda os dutos de ventilação.O número oficial de mortos está em 32, após duas explosões ocorridas na mina siberiana durante o fim de semana. Os altos níveis de gás metano elevaram o temor de novas explosões e retardaram o resgate. O ministro de Emergências, Sergei Shoigu, disse que agora há um novo perigo, pois os níveis de água da mina estão subindo. As equipes têm no máximo 48 horas para salvar 13 pessoas em duas áreas que estão sendo inundadas.
A maioria dos 18 mortos encontrados durante as primeiras horas de ontem eram trabalhadores do setor de emergência, que entraram na mina após a primeira explosão, disse Shoigu. A segunda explosão, mais poderosa, destruiu o principal duto de ventilação e um edifício de cinco andares que estava sobre a mina.
As explosões na mina Raspadskaya, 3 mil quilômetros a leste de Moscou, ocorreram no sábado por causa da concentração de gás metano, segundo o Ministério das Emergências. Aman Tuleyev, governador da região de Kemerovo, onde fica a mina, disse que o tempo está se esgotando para que os mineiros sejam resgatados com vida de áreas onde o sistema contra inundações falhou. "Se Deus quiser, eles ainda estão vivos", disse. "Essa possibilidade ainda existe, mas... temos só 48 horas antes que inunde."Esse é o pior desastre em uma mina russa desde maio de 2007, quando 39 morreram por causa de uma explosão de metano na mina de Yubileynaya, também em Kemerovo. Mais de 350 mineiros estavam no subsolo na hora da primeira explosão, pouco antes da meia-noite de sábado. Quase 300 conseguiram fugir.
O Ministério Público russo anunciou um inquérito criminal sobre possíveis violações das regras de segurança. "Precisamos fazer tudo o que for possível para salvar as pessoas", disse no domingo o primeiro-ministro Vladimir Putin em videoconferência com líderes das equipes de resgate.
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