Subiu para 15 o número de mortos em decorrência da passagem de uma tempestade de neve pelo Canadá e pelos Estados Unidos, no final de semana.
Equipes de emergência no nordeste dos EUA continuavam trabalhando ontem para remover a neve de estradas, depois de a tormenta despejar mais de 90 centímetros de gelo em algumas áreas. A precipitação de neve mais intensa, 102 centímetros, ocorreu em Hamden, em Connecticut.
Outras equipes trabalhavam para restaurar a energia elétrica para os mais de 650 mil clientes que ficaram sem energia em decorrência da tempestade. Na manhã de ontem, mais de 300 mil pessoas permaneciam sem energia.
As companhias aéreas tentavam voltar ao normal, após o cancelamento de quase 6 mil voos desde a última sexta-feira.
O aeroporto de Boston e os três principais ao redor de Nova York retomaram as operações. A nevasca deslocou-se para o Atlântico, mas o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA informou que o país sofreria com a chegada de outra tempestade ainda ontem.
Estragos
O estado em que a nevasca causou mais estragos foi Connecticut, com pelo menos cinco vítimas. Em Boston, duas pessoas morreram por envenenamento por monóxido de carbono em acidentes separados uma das vítimas era um menino de 11 anos.
Uma mulher de 80 anos foi morta, atropelada por um motorista que fugiu, enquanto limpava a entrada de sua casa, e um homem de 40 anos teve um ataque enquanto removia neve com uma pá. Outro homem, de 73 anos, escorregou do lado de fora de casa e foi encontrado morto no sábado.
Também ocorreram mortes em Nova York e New Hampshire. A tempestade afetou por volta de 40 milhões de pessoas.
O prefeito John Harkins, de Stratford, em Connecticut, disse jamais ter visto tamanha precipitação de neve, que chegou a 15 centímetros por hora. "Até as escavadeiras estão ficando atoladas", afirmou.