Menina chora próximo a casa destruída, em Ziarat. Soldados paquistaneses tentam ajudar dezenas de milhares de sobreviventes nas montanhas remotas| Foto: Athar Hussain / Reuters

Ataques com mísseis matam 27 pessoas no Paquistão

Supostos mísseis dos Estados Unidos caíram em dois vilarejos no Paquistão, perto da fronteira com o Afeganistão, nesta sexta-feira (31), matando 27 pessoas, incluído um suposto militante árabe da rede terrorista Al-Qaeda e outros militantes islâmicos estrangeiros, disseram funcionários da inteligência do Paquistão.

Leia a matéria completa

CARREGANDO :)
Veja também
  • Número de mortos após terremoto no Paquistão sobre para 215
  • Terremoto de 6,2 graus atinge Paquistão

O governador da província de Baluquistão, Zamrak Khan, disse que o número de mortos pelo terremoto que atingiu o Paquistão pode passar de 300. Segundo o governador, já foram enterrados 215 corpos. O tremor de magnitude 6,4 graus na escala Richter atingiu uma região pobre e montanhosa no sudoeste do país, perto da fronteira com o Afeganistão. Perto de 3 mil casas foram destruídas e 15 mil pessoas perderam suas residências.

Publicidade

O governador disse ainda que os dados sobre mortos ainda estavam chegando. Porém, relatos sobre quatro distritos bastante atingidos indicam que vários outros mortos podem ter sido enterrados sem que as autoridades fossem informadas. Para Khan, o número real de mortos estaria 'em algo mais de 300'.

Tropas e funcionários de agências de auxílio se dirigiram para auxiliar as comunidades nos remotos vales. As autoridades distribuem tendas, cobertas, casacos e alimentos para os sobreviventes. As temperaturas durante a noite chegam perto de 0ºC nas áreas atingidas. Muitas das vítimas passaram duas noites sem abrigo e, segundo os médicos, estão adoecendo.

"A maioria deles está desenvolvendo sintomas de pneumonia e isso é inevitável, dado o forte frio a que estão expostos", disse o médico Nek Mohammed, da devastada vila de Kawas. Segundo Mohammed, faltavam também remédios e próteses para tratar as vítimas.

Os casos mais graves eram levados para a capital regional, Quetta, 80 quilômetros distante. Porém, mesmo nesse centro havia problemas. "Nós estamos com poucos antibióticos e outros remédios. Precisamos de próteses, de placas de metal e pinos para tratar dos braços e pernas quebrados", relatou o médico Zainullah Kakar, do Bolan Medical College.