O número de mortos nos incêndios que acometeram o Condado de Maui, no arquipélago norte-americano do Havaí, já chega a 93. Os dados foram divulgados no site oficial do condado, na noite deste sábado (12). Trata-se do pior desastre já vivido no Havaí, disse ontem o governador Josh Green, durante uma visita a uma das áreas afetadas pelo fogo.
Com um número ainda indefinido de mortos e desaparecidos, os incêndios estão entre os 5 piores já registrados nos Estados Unidos desde 1871, segundo levantamento da National Fire Protection Association (em tradução livre, Associação Nacional de Proteção contra o Fogo). A última tragédia mais letal dessa natureza aconteceu em Idaho e Minnesota, no início do século passado, conhecida como o Grande Incêndio de 1910, quando 87 pessoas foram declaradas mortas.
De acordo com a rede de notícias CNN, cerca de 2,2 mil prédios e casas foram destruídos e os prejuízos são estimados em aproximadamente US$ 6 bilhões.
Ontem, ao anunciar o levantamento parcial de mortos confirmados (que no momento era de 89), o governador antecipou: “O número vai continuar aumentando. Queremos preparar as pessoas para isso", disse Green.
As equipes de combate ao fogo continuam a extinguir focos de incêndios na cidade costeira de Lahaina, a mais atingida pelo fogo, e no interior de Maui. Das 93 pessoas declaradas mortas, apenas duas foram identificadas.
Ginásios estão sendo utilizados como abrigos de emergência para mais de 1,4 mil pessoas e clínicas médicas e de saúde ambulatoriais de Lahaina seguem em pleno funcionamento. Água, alimentos e suprimentos serão distribuídos aos desabrigados ao longo deste domingo (13).
O fogo que acomete as ilhas desde a última terça-feira (8) se espalhou rapidamente, provocado pela seca dos últimos meses, bem como os fortes ventos do furacão Dora. Daí a dificuldade no combate ao incêndio, justificam as autoridades locais.
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