Moscou teve na quinta-feira seu dia mais quente desde 1981, registrando 35 graus Celsius, segundo meteorologistas do instituto Fobos. A onda de calor já destruiu lavouras do tamanho de Portugal.

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Grupos ambientalistas como o Greenpeace disseram que o fenômeno é uma prova do aquecimento global, embora o centro nacional de meteorologia tenha afirmado que é cedo para tirar tal conclusão.

"A grande seca continua", anunciou o site Gismeteo.ru, do Fobos, acrescentando que a temperatura deve continuar elevada na capital russa nos próximos dias.

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A máxima histórica da cidade, 36,6 graus Celsius, registrada em 1936, pode ser superada no sábado, informou a TV estatal Rossiya-24. No fim de semana, a previsão é de até 40 graus.

Numa cidade mais acostumada a temperaturas na faixa dos 35 graus negativos, o calor provocou transtornos. A maioria das lojas esgotou seus estoques de ventiladores e refrigeradores de ar.

Pessoas de biquíni e sunga apareceram nos gramados próximos ao Kremlin, e adolescentes pulavam nas fontes de roupa e tudo. A Justiça antecipou em uma hora o fim do expediente na quinta-feira, segundo a imprensa.

O calor excepcional tem sido registrado desde o final de junho em várias regiões, inclusive a Sibéria.

A União Russa do Grão, entidade de produtores agrícolas, disse que esta seca, a pior em 130 anos, já fez as lavouras secarem em 9 milhões de hectares, cerca de um quinto da área total da safra neste ano.

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A Rússia e seus vizinhos Ucrânia e Cazaquistão tiveram de reduzir suas metas para a próxima safra de grãos por causa da seca, segundo autoridades.