A carioca Ana Tereza de Andrade, 34 anos, passa diariamente pela estação Park Kultury, um dos alvos dos dois atentados que deixaram ao menos 38 mortos e mais de 60 feridos no metrô de Moscou nesta segunda-feira (29).
No país há apenas nove meses, ela foi alertada por amigos para evitar a estação, atingida por uma explosão suicida por volta das 8h36 (no horário local). "Uma das estações que eu passo para ir para o trabalho é a Parque Kultury. Hoje, fui de bonde. Mas mesmo nos trechos do metrô liberados, estava bem vazio. As pessoas preferiram outros transportes. Há um clima ainda bastante tenso na cidade", disse ao G1.
Professora de português e literatura brasileira na Universidade Estatal de Moscou, a brasileira disse que a estação, que fica na linha circular do metrô, é uma das mais movimentadas por servir de ponto de baldeação para as outras linhas.
"Agora, as coisas estão mais calmas. Teve muito engarrafamento por causa da quantidade maior de carros nas ruas. Na hora que voltei do trabalho para casa, por volta das 18 horas (11h de Brasília), só as estações depois de Parque Kultury estavam liberadas. Fecharam inclusive ruas próximas das duas estações para socorrer as pessoas", disse.
Segundo Ana Tereza, este foi o primeiro atentado de que teve notícia desde que chegou ao país e muitos colegas da universidade a aconselharam a não sair de casa. "Felizmente, não conheço ninguém que tenha ficado ferido."
O ataque desta segunda-feira no metrô de Moscou foi o sexto do tipo nos últimos 12 anos. A polícia de Nova York reforçou as medidas de segurança no sistema de metrô da cidade após os atentados no metrô de Moscou.
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