O motorista do carro em que a princesa Diana e seu namorado morreram era um agente do serviço secreto francês, segundo reportagem da edição dominical do jornal "The Times". A descoberta foi feita pelos investigadores britânicos que trabalham na reabertura do caso.
O que os investigadores querem agora é obter o perfil do motorista. As autoridades francesas, segundo o jornal, estão relutando.
Ainda não se sabe se Henri Paul, o motorista, estava ou não a serviço da inteligência francesa na noite do acidente. Ele chefiava a segurança do hotel em que Diana e o namorado estavam.
Paul, a princesa e Dodi Fayed morreram em 1997, num túnel no centro de Paris, quando o carro colidiu com uma pilastra. Á época, circulou o rumor de que Paul era agente do MI6, o serviço secreto britânico.
A equipe britânica de investigação culpa a burocracia francesa pela demora na obtenção das informações. Os investigadores querem os registros das atividades de Paul no dia da morte. Os detetives da Scotland Yard também não conseguem acesso a testemunhas do acidente.
O atraso, segundo a reportagem, vai fazer com que a nova investigação não seja concluída este ano. Ela foi iniciada em 2004.
A polícia francesa concluiu que a batida foi um acidente. Paul corria muito para fugir de um grupo de fotógrafos. O chefe da nova investigação ainda não conseguiu saber se o motorista estava ou não bêbado quando bateu e se mesmo tinha tomado antidepressivos. Ele quer saber como o sangue de Paul foi testado. Um novo relatório forênsico vai ser divulgado pelo médico Gilbert Pepin.
Depois da morte de Paul, a polícia francesa descobriu que ele tinha conta em 14 bancos na França, com quase US$ 200 mil em depósitos.
O pai de Dodi, Mohamed al-Fayed, disse que agentes do MI6 foram ao necrotério na noite das mortes para plantar provas que mostrassem que Paul estava bêbado. O plano era trocar o sangue do motorista pelo de um dos cerca de 25 corpos que testemunham afirmaram estar no necrotério naquela noite.
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