Manifestantes na Universidade de Califórnia, em Berkeley, montaram barracas na noite de terça-feira em desafio às autoridades do câmpus, uma semana depois que policiais retiraram um acampamento anti-Wall Street que estava se iniciando no local.
A agitação dos estudantes e de outros manifestantes durante a noite ocorreu depois de um dia de protestos pacíficos contra a desigualdade econômica e os cortes nos gastos na educação superior, e criaram o cenário para uma possível confronto com os policiais.
A manifestação também ocorreu horas depois que o ambiente no câmpus, conhecido pelo ativismo dos anos 1960, foi abalado por um tiroteio durante a tarde em um laboratório de informática. Segundo a polícia, o incidente não parecia ter ligação com as manifestações no Sproul Plaza, localizado a cerca de 1 quilômetro do laboratório.
A polícia estimou que a manifestação reuniu aproximadamente 3.700 pessoas em seu auge, algumas horas depois de anoitecer.
O clima era festivo e à medida que a noite foi chegando, a multidão diminuía, enquanto a polícia mantinha uma presença comedida à beira da praça.
O policial Alex Yao disse à Reuters que a força estava "trabalhando com a direção da universidade para tentar determinar o curso de ação durante a noite".
A polícia da Universidade de Califórnia em Berkely informou que feriu a tiros um homem que tirou uma arma de sua mochila, dentro de um laboratório na Escola de Administração de Haas. Ele expôs a arma de forma ameaçadora, segundo a polícia. A universidade disse que ele ainda não havia sido identificado. O homem foi levado ao hospital para uma cirurgia, mas ninguém mais ficou ferido.
A notícia sobre o incidente se espalhou rapidamente pelo campus depois que a universidade enviou mensagens de texto alertando os estudantes sobre a ocorrência. Manifestantes enviaram mensagens pelo Twitter declarando que não seriam dissuadidos de montar novamente a versão californiana do Ocupe Wall Street, o "Acampamento Ocupe Cal", desmontado pela polícia na semana anterior.
Organizadores dos grupos de estudantes, professores e trabalhadores também pediram uma greve de um dia no câmpus, com debates, palestras e leituras em resposta à detenção de 39 pessoas na semana passada, quando manifestantes tentaram brevemente "ocupar" o câmpus com barracas.
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