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MP da Guatemala citou acusação de dano ao patrimônio de uma universidade estatal contra o presidente eleito do país, Bernardo Arévalo, e de sua vice, Karin Herrera
MP da Guatemala citou acusação de dano ao patrimônio de uma universidade estatal contra o presidente eleito do país, Bernardo Arévalo, e de sua vice, Karin Herrera| Foto: EFE/David Toro

O Ministério Público (MP) da Guatemala informou nesta quinta-feira (16) que vai pedir a retirada da imunidade do presidente eleito do país, Bernardo Arévalo, e de sua vice, Karin Herrera, por um suposto caso de dano ao patrimônio de uma universidade estatal.

Em entrevista coletiva, o MP acusou Arévalo e Herrera de participarem da tomada forçada do campus universitário em 2022, em rejeição às eleições realizadas naquele ano na universidade.

O procurador Saúl Sánchez, encarregado da investigação, afirmou que o presidente eleito poderia ter cometido os crimes de usurpação agravada, depredação de propriedade cultural e associação ilícita.

Durante a apresentação do caso, Sánchez mostrou como supostos indícios contra Arévalo capturas de tela de vídeos com o presidente eleito nas instalações da universidade, participando de eventos acadêmicos, quando o campus já havia sido liberado.

O MP também vai pedir a retirada da imunidade de Herrera, vice-presidente eleita, dos deputados Samuel Pérez e Román Castellanos e do deputado eleito Raúl Barrera, entre outros.

A acusação detalha que os acusados usaram o ato na universidade como uma “plataforma para suas candidaturas políticas”.

O MP, sob a direção da procuradora-geral Consuelo Porras Argueta, foi duramente criticado na Guatemala e no exterior nos últimos meses por tentar intervir nos resultados das últimas eleições presidenciais e tentar cancelar o partido do presidente eleito, o Movimento Semente.

Desde 1º de setembro, Arévalo tem acusado publicamente a procuradora-geral de liderar uma tentativa de “golpe de Estado” contra ele, a fim de impedi-lo de assumir o cargo de presidente em 14 de janeiro do próximo ano.

Em nota, a Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o anúncio do Ministério Público da Guatemala.

“Estas decisões do Ministério Público constituem ações de natureza política que distorcem o processo eleitoral e podem afetar o seu resultado, razão pela qual são absolutamente inadmissíveis e inaceitáveis para um sistema político democrático”, afirmou.

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