O Ministério Público do Peru formalizou nesta terça-feira a investigação preparatória contra o ex-presidente Pedro Castillo como suposto autor de vários crimes de corrupção durante o seu governo, depois de o Congresso ter aprovado na sexta-feira passada o relatório final de uma denúncia constitucional contra o ex-governante, uma etapa prévia necessária.
"A Procuradoria da Nação formalizou a investigação preparatória contra o ex-presidente da República Pedro Castillo como suposto autor dos delitos de organização criminosa agravada e tráfico de influência agravado; e suposto cúmplice do delito de conluio simples", detalhou o Ministério Público em sua conta no Twitter.
Esta investigação preparatória é a etapa anterior a uma denúncia do Ministério Público contra Castillo, já que o ex-presidente não tem mais a imunidade que tinha por tratar-se de um caso durante seu mandato como presidente.
Além disso, o Ministério Público confirmou nesta terça-feira uma investigação preparatória contra o ex-ministro dos Transportes e Comunicações, Juan Silva Villegas, como suposto autor do crime de organização criminosa e conluio simples, e contra o ex-ministro da Habitação, Construção e Saneamento, Geiner Alvarado, como suposto autor do crime de organização criminosa.
O Congresso peruano aprovou na última sexta-feira o relatório final de uma denúncia constitucional que recomenda que o Ministério Público acuse o ex-presidente Castillo por supostamente liderar uma organização criminosa durante seu governo para obter dinheiro em troca de licitações fraudulentas de obras públicas.
Com 59 votos a favor, 23 contra e três abstenções, o Congresso deu sinal verde ao relatório final da denúncia apresentada pelo Ministério Público contra o ex-presidente, que cumpre 18 meses de prisão preventiva após sua tentativa fracassada de autogolpe.
O documento recomenda acusar Castillo pela suposta prática de crimes contra a paz pública, sob a forma de organização criminosa agravada por sua suposta condição de dirigente, e contra a administração pública, sob a forma de tráfico de influência agravado, bem como suposto cúmplice do crime contra a administração pública sob a forma de conluio.
O expediente cita supostas irregularidades encontradas nas obras da Ponte Tarata II, no departamento de San Martín, e em outros supostos casos de corrupção relacionados com a empresa pública Petroperú e o Ministério da Habitação.
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