Procurador-geral do Ministério Público Venezuelano, Tarek William Saab| Foto: Miguel Gutiérrez / EFE
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O Ministério Público da Venezuela informou nesta sexta-feira (15) que analisará 225 casos de pessoas que foram presas por contestarem o resultado da eleição presidencial de 28 de julho. Os manifestantes saíram às ruas após o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que proclamou Nicolás Maduro como vencedor, sem comprovação técnica.

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O procurador-geral, Tarek William Saab, disse que essa revisão dos casos “tem como centro o reagrupamento familiar e consolida o compromisso das instituições venezuelanas com a paz, a justiça e os direitos humanos”. O procurador também informou que a decisão de rever essas prisões foi tomada depois de “investigações exaustivas baseadas em novos indícios e elementos probatórios” e que deve acontecer de acordo com prazos previstos na legislação entre o Ministério Público e o Poder Judicial.

O Ministério Público confirmou que durante as manifestações 28 pessoas morreram e quase 200 ficaram feridas. A ONG Foro Penal Venezolano divulgou na quinta-feira (14) um balanço do número de detidos por questões políticas, após o resultado divulgado. Os dados informam que 1.848 pessoas foram presas na última eleição presidencial, sendo que 1.671 permanecem encarceradas.

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Morte na prisão na Venezuela

A decisão do Ministério Público vem à tona depois de Jesús Martínez Medina, de 36 anos, militante da oposição, ter morrido na cadeia de Anzoátegui, localizada ao leste do país. Ele foi detido durante as manifestações de 29 de julho.

A denúncia da morte de Martínez foi realizada pela família, partidos políticos e lideres da oposição, como Maria Corina Machado, nas redes sociais. A causa da morte foi indicada, de acordo com as publicações, pela falta cuidados médicos na prisão.