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Venezuela

“Mudança requer gente na rua”, diz Leopoldo López, na cadeia

Manifestantes contrários ao governo de Nicolás Maduro realizam protesto em Caracas | Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Manifestantes contrários ao governo de Nicolás Maduro realizam protesto em Caracas (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

O líder do partido opositor venezuelano Vontade Popular (VP), Leopoldo López, preso em um presídio militar desde o último dia 18 de fevereiro, insistiu que "a mudança política e social" que reivindica em sua luta contra o presidente Nicolás Maduro, deve ser em paz, "mas na rua".

"A mudança só pode chegar pelas mãos de milhões de pessoas na rua, em paz e sem violência, mas na rua", ressaltou em uma entrevista publicada ontem pelo jornal El Nacional.

O economista, prefeito entre 2000 e 2008 do município de Chacao, epicentro dos protestos que se repetem desde 12 de fevereiro, disse que não se arrepende de ter se entregado voluntariamente após ter sido acusado de atos de violência registrados em uma marcha pacífica que terminou em incidentes que causaram a morte de três pessoas.

López revelou que, na penitenciária reservada para chefes militares acusados de delitos, só pode ser visitado por sua esposa, pais e advogados, e que é impedido ter contato com outros presos.

Na entrevista ao El Nacio­­nal, ele afirma estar consciente de ter contribuído "com a faísca que acendeu a chama" dos protestos. O dirigente político também insistiu que a oposição deve se manter na rua e também estender o protesto a seus locais de estudo e trabalho, entre outros âmbitos.

"A rua é o principal palco de luta, mas não o único. A sala de aula, o lugar de trabalho, as filas para comprar alimentos e a família têm também que ser palcos de protesto não violento", disse.

Como objetivo de curto prazo, López enumerou "exigir justiça" pelas 18 mortes e dezenas de feridos e detidos deixados pelos protestos até agora.

Sobre as jornadas de "paz e diálogo" que o governo de Maduro iniciou na semana passada e nas quais conseguiu reunir como interlocutores outros líderes opositores políticos e empresariais, López ressaltou: "Não se pode falar de paz se não há justiça".

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