O presidente uruguaio, José Mujica, disse nesta sexta-feira que espera uma solução pacífica, sem a intervenção das forças policiais, para terminar com um bloqueio fronteiriço realizado por ambientalistas argentinos que rejeitam uma polêmica fábrica de celulose.
Os ambientalistas mantêm interrompido o acesso a uma ponte internacional há mais de três anos como forma de protesto contra a fábrica instalada pela finlandesa Botnia no lado uruguaio de um rio na fronteira.
Mujica se reuniu nesta semana com a presidente argentina, Cristina Kirchner, após uma decisão da Corte Internacional de Justiça em Haia, tribunal ao qual Buenos Aires recorreu para reclamar a violação de Montevidéu a um tratado que protege o rio.
O Uruguai reiterou depois do encontro que o fim do bloqueio é uma prioridade para seu país, mas a resolução do tema depende da nação vizinha.
"As questões da Argentina têm que ser resolvidas pelos argentinos", disse Mujica nesta sexta-feira em seu programa de rádio.
"Nós não pedimos nem esperamos uma saída policial para o assunto da ponte porque não pensamos só no dia de hoje", completou.
Segundo a Corte de Haia, o Uruguai violou alguns artigos do tratado de 1975 ao não comunicar devidamente a Argentina sobre a instalação da fábrica, atualmente operada pela finlandesa UPM.
Porém, o tribunal decidiu que o Uruguai não deve fechar a planta diante da falta de evidência de que ela estaria contaminando o rio Uruguai.
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