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Mulher acusada de matar quatro de seus bebês reconhece ter assassinado outros

Andrea Göppner no primeiro dia de seu julgamento, nesta terça (12) | Daniel Karmann/AFP
Andrea Göppner no primeiro dia de seu julgamento, nesta terça (12) (Foto: Daniel Karmann/AFP)

Uma mãe de 45 anos, acusada de matar quatro bebês cujos corpos foram encontrados em sua casa em novembro passado, reconheceu nesta terça-feira (12), no primeiro dia de seu julgamento na Alemanha, ter matado vários de seus filhos recém-nascidos por sufocamento. No entanto, o advogado de Andrea Göppner explicou ante o tribunal de Coburgo (centro) que sua cliente não se lembrava exatamente de quantos foram mortos.

“Eles poderiam ser dois, três ou quatro”, afirmou o advogado, Till Wagler, lendo uma declaração da acusada, que deve responder pelas mortes de quatro crianças.

Seu marido, Johann Göppner, de 55 anos, de quem estava separada, também é réu por cumplicidade em assassinato. Um assassinato é punível com uma pena de 15 anos de prisão na Alemanha.

Esta mulher de 45 anos já havia admitido o infanticídio à polícia, um dia depois de ser presa em novembro passado em Wallenfels, estado da Baviera.

Segundo a acusação, Andrea Göppner engravidou oito vezes entre 2003 e 2013 “e trouxe para o mundo, a cada ano ou ano e meio, oito bebês” em sua cozinha ou sala de estar, sem qualquer assistência médica e na ausência de seu marido.

Este último, que não tinha conhecimento das gestações de sua esposa, concordou em matá-los e aceitou que ela escondesse os corpos na sauna da casa, segundo a acusação.

Assim que o recém-nascido começava a chorar, “ela pegava uma toalha e cobria o nariz e a boca da criança para sufocá-la”, indicaram os promotores.

No entanto, ela é julgada por apenas quatro assassinatos. Um dos casos teria sido um aborto espontâneo e nos outros três casos o estado dos corpos não permitiu estabelecer se eles nasceram vivos.

O casal teve três filhos e cada um tinha dois outros de casamentos anteriores. Ninguém na cidade de 2,8 mil habitantes onde viviam parece ter notado as sucessivas gestações de Göppner. Uma vizinha encontrou um primeiro cadáver semanas após a acusada se mudar para viver com um novo parceiro. A polícia então encontrou os outros cadáveres em sacos plásticos ou entre roupas de cama.

Em 2005, um caso semelhante havia chocado a Alemanha, quando os corpos de nove bebês foram descobertos.

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