Uma mulher-bomba matou 17 recrutas da polícia iraquiana nesta terça-feira (10) na frente de uma delegacia de polícia em uma cidade ao nordeste de Bagdá, no primeiro grande ataque a voluntários para as forças de segurança neste ano.
Um guarda e autoridades da polícia disseram que a mulher estava usando roupas islâmicas e um cinto com explosivos.
O ataque feriu 33 pessoas em Muqdadiya, de maioria muçulmana sunita, a 90 quilômetros da capital.
"Os recrutas estavam trazendo seus fuzis e preparavam-se para o alinhamento quando de repente houve uma grande explosão", disse o guarda. Um mulher foi vista entre os recrutas agindo de maneira suspeita, acrescentou.
A Al Qaeda foi apontada como responsável pela maioria dos ataques contra centros de recrutamento da polícia e do Exército durante o conflito no Iraque. O último grande ataque aconteceu em dezembro, quando 10 pessoas morreram em um centro em Bagdá.
Alguns dos maiores grupos insurgentes do Iraque começaram a criticar a Al Qaeda, sunita por ataques contra civis também sunitas. Líderes tribais estão combatendo o grupo em províncias a oeste e ao norte de Bagdá, irritados com as mortes indiscriminadas de civis e com a interpretação radical que a organização faz do islamismo.
Ataque a americanos
Os militares dos EUA disseram que um helicóptero foi atingido por fogo de armas leves em Bagdá nesta terça-feira, mas negaram relatos de testemunhas de que um aparelho foi derrubado na capital.
Outro porta-voz militar, major Steven Lamb, disse que o armazém de foguetes de um helicóptero pegou fogo e foi ejetado. Ele não tinha mais detalhes.
Testemunhas relataram conflitos entre forças dos EUA e milicianos na região. Os EUA não comentaram o caso de imediato.
Na segunda-feira, quatro soldados dos Estados Unidos foram mortos, colocando o mês de abril a caminho de tornar-se o mais letal neste ano, já que mais tropas norte-americanas e iraquianas estão participando de um novo plano de segurança.
Já são 45 soldados norte-americanos mortos no Iraque neste mês, sendo metade na região de Bagdá. Entre 80 e 85 soldados foram mortos nos primeiros três meses deste ano, de acordo com números do exército.
Mais de 3.290 soldados norte-americanos foram mortos no Iraque desde a invasão de 2003. Dezenas de milhares de iraquianos também morreram.