A mulher e o filho do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foram eleitos entre os 545 integrantes da Assembleia Constituinte convocada por ele, assim como alguns dos principais membros da cúpula do chavismo. A eleição do último domingo (30) confirmou a expectativa do líder, que poderá avançar com as medidas que deseja com a troca da Constituição, como aumentar seus poderes e tentar acabar com os protestos da oposição.
Os nomes dos eleitos começaram a ser divulgados nesta terça-feira (1º) pelo Conselho Nacional Eleitoral, e alguns deles foram diplomados. O número de votos que cada um obteve, no entanto, ainda não foi revelado.
Nicolás Maduro Guerra, 27, concorreu a sua primeira eleição e será constituinte setorial dos servidores públicos. Ele ocupou diversos cargos no governo desde que seu pai assumiu a Presidência, em março de 2013.
Já a madrasta Cilia Flores, 64, chamada no chavismo de "primeira combatente", é cotada para ser vice-presidente da Constituinte. O comando da Casa deverá ficar com o radical Diosdado Cabello, número dois do chavismo.
A ex-chanceler Delcy Rodríguez, por sua vez, tem missão designada por Maduro desde antes de ser eleita. Ela deverá presidir uma comissão da "sobre a violência política desde 1999", ano da posse de Hugo Chávez (1954-2013).
A oposição teme que o grupo decrete a prisão de seus líderes e torne os partidos ilegais. Também estão entre os eleitos o ex-vice-presidente Aristóbulo Istúriz, a ex-ministra Iris Varela e Adán Chávez, irmão mais velho do líder da Revolução Bolivariana.
Enquanto os constituintes assumiam os cargos, a Assembleia Nacional, dominada pela oposição, declarou não reconhecer os resultados da eleição para a Constituinte e sua instalação, prevista para a próxima quinta (3).
Os opositores receberam o apoio de três chavistas dissidentes. A sessão aconteceu apesar do bloqueio de militantes governistas ao Palácio Legislativo, que o governo quer que seja a sede da Constituinte.
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