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Direitos humanos

Mulher presa por “adultério forçado” sai da prisão afegã

Uma mulher afegã de 21 anos que havia sido presa por ter sofrido estupro foi libertada pelas autoridades afegãs.

A jovem conhecida como Gulnaz foi condenada a dois anos de prisão por ter cometido "adultério forçado".

Segundo a lei do Afeganistão o sexo fora do casamento, mesmo em caso de estupro, é um "crime moral" para mulheres.

A sentença chegou ainda a ser aumentada para 12 anos en­­quanto a jovem estuprada tentava recorrer da decisão.

Ela sofreu o abuso em 2009 e fez a denúncia ao perceber que estava grávida. Gulnaz deu à luz uma menina enquanto estava presa.

A Justiça propôs que ela se casasse com o estuprador, um parente dela, para poder sair da cadeia. O agressor foi condenado a sete anos de prisão.

Perdão

Após as pressões de grupos de direitos humanos, que fizeram divulgação internacional do caso, o presidente Hamid Kar­­zai concedeu o perdão a Gul­­naz, mas declarou que ela se ca­­saria com o homem que a estuprou.

A resolução deste caso pode abrir precedente para outras mulheres afegãs que são acusadas do mesmo tipo de crime.

"Ela está feliz e em um lugar seguro", disse Kimberley Mo­­tley, advogada de Gulnaz e acrescentou que a possibilidade de casamento não está sendo discutida e sua cliente não quer se casar com o homem que a agrediu.

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