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Erika Menendez (de capuz azul) é escoltada por policiais na saída da delegacia do bairro de Queens Borough | Reuters/Joshua Lott
Erika Menendez (de capuz azul) é escoltada por policiais na saída da delegacia do bairro de Queens Borough| Foto: Reuters/Joshua Lott

Uma mulher de 31 anos foi acusada de cometer um crime de ódio ao empurrar no metrô da cidade de Nova York um hindu, que morreu atropelado por um trem subterrâneo.

Segundo a promotoria do distrito de Queens, a nova-iorquina Erika Menendez agiu motivada pelo ódio contra muçulmanos e hindus.

"Empurrei um muçulmano na linha do metrô porque odeio hindus e muçulmanos. Desde 2001, quando derrubaram as Torres Gêmeas, os ataco", declarou a mulher à polícia.

Menendez, que deve ouvir as acusações na corte criminal do Queens, pode ser condenada a 25 anos de prisão.

A vítima, Sunado Sen, de 46 anos, nasceu na Índia e foi criada no hinduísmo.

O crime aconteceu na noite de quinta-feira (27) em uma estação da linha 7 no Queens.

A mulher, que segundo testemunhas falava sozinha na plataforma, onde caminhava de um lado para o outro, empurrou o homem na linha do trem no momento que a composição se aproximava da estação. A vítima estava de costas e, ao que parece, não percebeu o ataque.

"A demandada é acusada de ter cometido o pior pesadelo de qualquer usuário do metrô: o de ser empurrado, sem sentido, na linha de um trem que se aproxima", declarou o promotor do distrito do Queens, Richard Brown.

"A vítima foi empurrada por trás e não teve chance de defesa. Além disso, os comentários supostamente pronunciados pela acusada e que motivaram os atos da mesma não podem ser tolerados por uma sociedade civilizada", acrescentou.

A morte de Sen aconteceu depois de outra similar, de um homem de 58 anos, em 3 de dezembro, que também foi empurrado na linha de metrô após uma briga com um homem transtornado, sem-teto, de 30 anos, identificado como Naeem Davis.

Milhões de pessoas usam o metrô de Nova York todos os dias, mas incidentes deste tipo são raros.

O último caso registrado havia acontecido em 2010, mas a vítima, uma mulher, sobreviveu à queda.

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