Uma mulher sequestrada nos Estados Unidos em 1991, quando ainda era uma menina de apenas 11 anos, reapareceu na quinta-feira (27) depois de ter passado 18 anos em cativeiro, em um galpão no quintal da casa de um criminoso sexual, que teve dois filhos com ela, anunciou a polícia da Califórnia. Os detalhes vieram à tona um dia depois de Jaycee Lee Dugard ter aparecido em uma delegacia de polícia no norte californiano quase duas décadas depois de ter sido raptada em um ponto de ônibus próximo à residência de sua família.
A polícia informou que Phillip Garrido, de 58 anos, manteve Jaycee como uma escrava durante praticamente todo o tempo. Ela era mantida em esconderijos nos fundos do terreno onde ele morava, nos arredores de Antioch. "Nenhuma das crianças (do criminoso com a vítima) jamais foi à escola. Elas também nunca visitaram um médico", disse Fred Kollar, vice-xerife do condado de El Dorado. "Os três eram mantidos em total isolamento nesse lugar." Havia eletricidade, um vaso sanitário e chuveiro rudimentares, "como se fosse um acampamento", relatou.
Autoridades locais disseram mais tarde que Garrido admitiu o sequestro em uma reunião que manteve na quarta-feira com seu agente de condicional. Jaycee Dugard e as duas crianças, uma de 15 anos e outra de 11 anos, foram levadas ao encontro. Garrido e sua esposa, Nancy, de 54 anos, foram detidos por sequestro e conspiração. Ele também é investigado por atentado violento ao pudor e ato sexual com menor de idade, disse Jimmie Lee, porta-voz da xerifatura de Contra Costa. Condenado por estupro, Garrido obteve liberdade condicional de uma penitenciária de Nevada em 1988.
O caso foi descoberto depois de Garrido ter sido visto com duas crianças na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Ele foi chamado pelo departamento de condicional para se explicar. Foi então que ele revelou o sequestro de Jaycee e que as duas crianças eram filhos dele com a refém, segundo nota do departamento de condicional.
Reencontro
Jaycee e a mãe foram se reuniram ontem. A mãe se declarou aliviada ao descobrir que a filha ainda está viva e aparentemente bem de saúde. O padrasto de Jaycee, Carl Probyn, última pessoa a vê-la em 10 de junho 1991, quando ela desapareceu, e que era considerado suspeito no caso, lembrou ter feito de tudo para encontrar a enteada. "Isso acabou com meu casamento, transformou minha vida no inferno. Eu era considerado suspeito até ontem (anteontem)", declarou de sua casa em Orange, na Califórnia.
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT