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Mulheres afegãs estão sendo vítimas de crimes contra a humanidade perpetrados pelo Talibã
Mulheres afegãs preparam massa para fazer biscoitos tradicionais dentro de uma padaria em Cabul, no Afeganistão| Foto: REUTERS/Sayed Hassib

O relator da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos humanos no Afeganistão, Richard Bennett, disse nesta terça-feira (18) que o Talibã pode estar cometendo crimes contra a humanidade contra mulheres e meninas afegãs.

“Durante minhas consultas com sobreviventes no Afeganistão, particularmente com mulheres, destaquei que suas experiências podem ser caracterizadas como um ‘apartheid de gênero’. Elas pedem que esta situação seja reconhecida como um crime contra a humanidade”, reportou Bennett ao apresentar um novo relatório perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Bennett argumentou que há uma responsabilidade coletiva - inclusive por parte da comunidade internacional - para desmantelar esse sistema e levar os responsáveis à justiça.

O relator advertiu que esse sistema está se intensificando, com 52 decretos emitidos pelas autoridades extremistas afegãs desde o ano passado, que apenas aumentaram as restrições às mulheres.

Entre as medidas mais recentes, o regime do Talibã anunciou na semana passada que os salários das funcionárias públicas, que antes eram proibidas de trabalhar, seriam reduzidos ao mínimo.

O Talibã também negou a mais de três milhões de meninas o acesso à educação, inicialmente mantendo-as fora da escola secundária e, mais recentemente, excluindo as jovens das universidades.

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