A polícia alemã informou que pelo menos 11 das 16 vítimas do ataque a tiros realizado por um ex-aluno em uma escolada cidade de Winnenden nesta quarta-feira (11) eram mulheres. Segundo as autoridades, ele não atirou indiscriminadamente, mas mirou na cabeça das vítimas.
O Ministério do Interior informou que o autor dos assassinatos era um adolescente de 17 anos, ex-estudante da escola, identificado como Tim K.
O rapaz era filho de um empresário e havia deixado a escola há dois anos, aparentemente com boas notas e sem que os professores notassem nada de anormal em seu comportamento.
Testemunhas disseram que o atirador estava vestido com um uniforme militar preto e disparou em pelo menos três salas de aula, sem falar nada antes.
Treze pessoas morreram e cerca de dez ficaram feridas. Os mortos na escola foram oito alunas e um aluno com idades entre 16 e 17 e três professoras.
Um grande contingente policial isolou o colégio e o esvaziou, entre dramáticas cenas dos pais e demais familiares dos alunos, que foram ao lugar do massacre, assim que a notícia estourou na imprensa local e nacional.
Para tentar fugir, o adolescente sequestrou um motorista e o obrigou a conduzi-lo de carro em parte do caminho, liberando-o em seguida e continuando sozinho até chegar à concessionária de automóveis onde faria mais duas vítimas, antes de se matar, segundo a polícia.
Para alcançá-lo, foram mobilizadas centenas de policiais que usaram até helicópteros, na perseguição que terminou em Wendlinger, onde o último tiroteio deixou mais três mortos, incluindo o próprio Tim.
Enquanto o jovem assassino era cercado, a polícia revistava a casa de sua família, encontrando 18 armas, de posse legal.
"É inimaginável que, em apenas segundos, alunos e professores foram mortos", disse a chanceler Angela Merkel. "É um crime aterrador. É um dia de luto para toda a Alemanha."
O último caso semelhante no país ocorreu em novembro de 2006, quando um homem mascarado, com rifles e explosivos, atacou uma escola na cidade de Emsdetten, no oeste do país, ferindo 11 pessoas e depois cometendo suicídio.
Dois meses antes, um jovem de 22 anos havia assassinado o diretor de uma escola e ferido outra pessoa em Freising, perto de Munique, sul do país.
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