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A morte da ministra da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg, aos 87 anos, não foi exatamente uma surpresa para a administração Trump. A idade avançada e a gravidade da doença que a acometia, um câncer de pâncreas, tornavam a morte da juíza, bem como a consequente indicação de Trump, uma possibilidade real.
Não à toa, Trump anunciou que nos próximos dias deve indicar um novo juiz para a Suprema Corte dos Estados Unidos. E este juiz deve ser uma mulher. Até por conta do simbolismo da morte de Ruth Ginsburg, ícone do progressismo e do feminismo. E também para evitar mais um desgastante processo de confirmação pelo Senado, como se viu no caso da nomeação do ministro Brett M. Kavanaugh.
Na corrida pelo lugar de Ruth Ginsburg, quatro nomes se destacam: Amy Coney Barrett, Joan Larsen, Barbara Lagoa e Allison Eid. Conheça um pouco de cada uma delas.
Amy Coney Barrett
Amy Coney Barrett é a favorita para ocupar o lugar de Ginsburg. A juíza de 48 anos seria a mais nova ministra indicada para um lugar na Suprema Corte dos Estados Unidos. Ela é conservadora e uma católica devota. A posição dela em relação ao aborto, por exemplo, é muito clara. “A vida começa na concepção”, escreveu ela em 2013. A idade também joga a seu favor se o plano de Trump e dos Republicanos for ter uma mulher conservadora durante décadas no tribunal. Outro fator que torna Barrett uma das favoritas ao cargo é o fato de ela ter sido pupila do lendário ministro Antonin Scalia.
Joan Larsen
Ex-assistente de Antonin Scalia e professora de direito, Joan Larsen, de 51 anos, tem a seu favor o fato de ser Republicana, claro, e também ser especialista em questões constitucionais e de poder presidencial. Ela seria uma indicação mais técnica e menos política por ser considerada uma conservadora moderada. A posição dela quanto ao aborto nunca foi muito clara – os juízes norte-americanos não costumam expressar opinião sobre tudo. Mas ela conta com o apoio de grupos pró-vida, isto é, contra o aborto, o que é um bom sinal.
Barbara Lagoa
A seu favor, Barbara Lagoa, de 52 anos, tem o fato de ser uma mulher de origem cubana. Ela seria a segunda hispânica na Suprema Corte, ao lado da ministra Sonia Sotomayor, progressista indicada por Barack Obama. Outro elemento que conta a seu favor é o bom diálogo que ela mantém com os Democratas, o que facilitaria sua confirmação.
Allison Eid
Correndo por fora está Allison Eid, de 55 anos. A seu favor conta o fato de ela ter sido cogitada para a vaga aberta pela aposentadoria do ministro Anthony Kennedy. O problema é que Eid, assim como Larsen, não tem uma postura clara em relação ao aborto – assunto que deve ser determinante para a escolha de Trump.