As palestinas estão cada vez mais tomando a dianteira nos protestos que, invariavelmente, terminam em conflitos com as forças de segurança de Israel. Nas ruas do território ocupado da Cisjordânia, elas são vistas lançando pedras, ao lado de dezenas de homens enfrentando soldados — enquanto eles usam fundas e coquetéis molotov. Algumas vão além. Shorouq Dwayyat, de 18 anos, esfaqueou um israelense nas costas na entrada da Cidade Velha de Jerusalém, na quarta-feira.

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Antes, Shorouq postara no Facebook: “Mãe, estou indo me tornar uma mártir. #Nosso maior desejo é ser mártir de Alá.” Shorouq foi levada em estado grave ao Hospital Hadassah, em Jerusalém, após ser baleada pelo homem esfaqueado.

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Em entrevista ao Canal 2 da TV israelense, a mãe de Shorouq alegou que a filha esfaqueou o israelense em legítima defesa, após ele tentar tirar o lenço quadriculado que cobria a cabeça dela — um dos símbolos do movimento nacionalista palestino. A mãe, sem citar a menção no Facebook, contou que Shorouq disse que iria rezar na Mesquita de al-Aqsa, antes de ir para a aula na Universidade de Belém.

Há cerca de um mês, um vídeo se tornou viral ao mostrar mulheres e jovens palestinas atacando um soldado israelense que tentava deter um menino, Mohammed Tamimi, de 12 anos, acusado de atirar pedras no vilarejo de Nabi Saleh, Cisjordânia. Ao redor, fotógrafos e cinegrafistas registravam a cena. As mulheres acabam libertando a criança, e o soldado foi embora.