A escritora Candace Bushnell, autora de "Sex and the city", tem a fama de quebrar tabus, falando de acessórios sexuais e atos íntimos, mas diz que os leitores não devem esperar muito sexo em seu novo livro, "Lipstick jungle".
- Para mim, 'Sex and the city' nunca foi realmente sobre sexo. Isso era, por assim dizer, a cobertura do bolo, o toque adicional - disse Bushnell à Reuters, em entrevista concedida antes do lançamento do novo livro, previsto para 6 de setembro.
- O sucesso é o novo sexo - disse ela, referindo-se à substituição do segundo pelo primeiro.
Bushnell acrescenta que as mulheres que ela conhece passam mais tempo falando de suas vidas profissionais do que de suas vidas amorosas, e que o novo livro reflete esse fato.
É uma posição que pode surpreender os espectadores do seriado "Sex and the city", no qual a jornalista Carrie Bradshaw e suas três amigas regularmente comentavam os detalhes mais íntimos de suas aventuras sexuais em torno de coquetéis ou cafés da manhã.
- O sexo precisa ser usado de maneira cuidadosa num livro - disse a escritora. - Quando você está na casa dos 20 ou dos 30 anos, você geralmente passa muito tempo pensando sobre sexo. Mas quando as pessoas ficam mais velhas, há outras coisas que se tornam mais importantes. A realidade é que a maioria das mulheres precisa trabalhar - justifica.
"Lipstick jungle" é a história de três profissionais liberais bem sucedidas em Nova York: uma executiva de revista que procura escalar a hierarquia de sua empresa e que tem um caso com um jovem modelo, uma produtora de cinema cujo casamento vai mal e uma designer que namora um bilionário.
- O livro é o passo seguinte depois de 'Sex and the City' - disse Bushnell. - Basicamente, ele mostra o que acontece com todas essas maravilhosas mulheres de 30 anos quando elas chegam aos 40.
Bushnell está em conversa para transformar o livro em seriado de TV, mas disse que nada foi finalizado até agora e que ainda é cedo para dizer quem poderia representar os três papéis principais.
Ela disse que "Lipstick jungle" é "um livro bastante filosófico", que oferece algumas alternativas à caricatura de empresária durona e desagradável representada pela figura de Alexis Carrington na telenovela "Dynasty", que foi ao ar nos anos 1980.
- A idéia de feminismo é uma qual eu sempre aderi, toda a minha vida - disse ela. - É claro que nossa idéia atual de feminismo é um pouco diferente do que era na década de 1970, quando as feministas achavam que não deviam depilar as pernas nem usar salto alto, todas essas coisas divertidas.
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