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Dezenas de milhares de pessoas, lideradas por grupos indígenas, exigiram “justiça climática” em meio à COP26 em Glasgow neste sábado (6), quando a cúpula das Nações Unidas entra em sua reta final em busca de um pacto para evitar que as temperaturas subam mais de 1,5 grau Celsius até o final deste século.
Sob uma forte chuva e um vento que gradualmente diminuiu durante o dia, até 100 mil pessoas participaram da marcha. Os números são dos organizadores do Dia Global da Justiça Climática, mas não foram confirmados pela polícia. O protesto começou no Kelvingrove Park às 12h (local, 9h de Brasília), perto da sede da COP26, e passou por Glasgow para terminar no Glasgow Green Park.
Em meio a gaitas de foles, trombetas e batucadas, mas também guarda-chuvas e máscaras sanitárias, a marcha aconteceu em um ambiente festivo, com mensagens contra o capitalismo, o consumo de carne, a energia nuclear e em favor dos refugiados políticos. Os organizadores também quiseram dar um lugar central aos povos indígenas, como um símbolo global do ativismo climático.
"Certamente os dinossauros também pensavam que lhes restava tempo", "Basta de desculpas", "Não podemos beber dinheiro", "Não há planeta B" e "Salvem nosso futuro" são algumas das frases vistas em cartazes durante a mobilização. As negociações da COP26 serão concluídas na próxima sexta-feira.