No dia 31 de outubro, em algum lugar da Índia, um parto marcará um ponto crítico na história do planeta: com esse nascimento, o mundo passará a ter 7 bilhões de habitantes. A projeção foi feita pela Organização das Nações Unidas (ONU) e, apesar de a data ser apenas uma estimativa e o país apenas uma probabilidade a realidade é que o ano terminará com um novo marco em termos demográficos que promete aprofundar os desafios sociais e ambientais.

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A explosão da população mundial calculada pela ONU está sendo publicada nesta semana pela revista Science, em um estudo que mostra que avanços médicos, vacinas mais eficientes, proliferação do uso de antibióticos e um relativo avanço no acesso à saúde permitiram uma elevação na expectativa de vida nos países em desenvolvimento. Mas, ao mesmo tempo que isso ocorre, a taxa de natalidade desses países continua elevada.

A escolha da Índia para celebrar a marca não ocorre por acaso. O país de fato faz avanços na área médica. Mas, sem um controle populacional, passará a China em poucos anos em termos de população - hoje a Índia tem 1,2 bilhão de habitantes, e a China 1,3 bilhão. A ONU ainda está convencida de que, diante das taxas de natalidade dos países em desenvolvimento, são eles os responsáveis pela elevação da população mundial em 1 bilhão de pessoas em apenas 12 anos.

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Segundo o estudo, a primeira vez que o planeta registrou 1 bilhão de pessoas foi em torno de 1800. Para chegar a 2 bilhões de pessoas, o mundo precisou de mais 125 anos. Mas, apenas nos últimos 50 anos, a população mundial passou de 3 bilhões para 7 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.