As maiores potências mundiais condenaram as bombas que mataram mais de 160 pessoas na cidade indiana de Mumbai nesta terça-feira. Nova York, cidade marcada pelos ataques de 11 de setembro, intensificou a segurança em suas linhas de metrô.
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse que a sequência de explosões em trens de passageiros e estações ferroviárias no horário do rush noturno da capital financeira da Índia foi um "incidente medonho".
- Condenamos totalmente este terrível incidente terrorista - disse Rice a jornalistas em Washington. - Ficaremos ao lado da Índia na guerra ao terror. Isso apenas demonstra que este tipo de incidente medonho pode acontecer em qualquer parte do mundo, tendo pessoas inocentes como alvo.
No passado, a Índia atribuiu ao seu aqui-rival, o Paquistão, a responsabilidade por ataques perpetrados militantes muçulmanos que combatem seu domínio na Caxemira. Mas o governo paquistanês foi um dos primeiros a expressar sua indignação com os ataques desta terça-feira.
"Este ato desprezível de terrorismo resultou na perda de grande número de vidas preciosas", declarou o Ministério do Exterior do Paquistão, acrescentando que o presidente Pervez Musharraf e o primeiro-ministro Shaukat Aziz condenaram inequivocamente o "ataque terrorista".
"O terrorismo é um flagelo dos nossos tempos. Ele deve ser condenado, rejeitado e combatido de maneira eficaz e abrangente", disse o Ministério em comunicado à imprensa.
A Grã-Bretanha, que na semana passada lembrou o primeiro aniversário dos atentados suicidas no sistema de transporte público de Londres, que mataram 52 pessoas, qualificou os ataques em Mumbai de "brutais e vergonhosos".
"Jamais pode haver qualquer justificativa ao terrorismo", disse o premiê Tony Blair em comunicado. "Estamos unidos com a Índia, a maior democracia do mundo, através de nossos valores comuns e nossa determinação comum de derrotar o terrorismo sob todas suas formas."
A França também expressou solidariedade à Índia pelas explosões em Mumbai e uma série de ataques com granadas lançadas na manhã do mesmo dia na Caxemira indiana, por suspeitos militantes islâmicos, que mataram sete pessoas, seis das quais turistas.
O chefe da política externa da União Européia, Javier Solana, condenou o que descreveu como "atos desprezíveis de terrorismo que causaram mortes e ferimentos em dezenas de inocentes".
O chanceler do Canadá, Peter MacKay, disse em comunicado que os ataques a trens em Mumbai constituem "mais um lembrete pavoroso da determinação de terroristas que empregam o assassinato como instrumento para buscar alcançar seus objetivos políticos".
Em Nova York, a polícia anunciou ter intensificado as medidas de segurança nas linhas de metrô, a título de precaução, mas enfatizou que não recebeu ameaças específicas contra a cidade.
As medidas adicionais de segurança no metrô, que nos dias de semana transporta cerca de 4,5 milhões de passageiros, incluem o aumento das patrulhas policiais e das revistas aleatórias de bolsas.
Nova York se mantém em estado de alerta intenso para prevenir outros ataques, desde os ataques de 11 de setembro de 2001, em que aviões sequestrados destruíram as torres gêmeas do World Trade Center.