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Refugiado segura uma criança enquanto aguarda para entrar em um ônibus em  Tovarnik, na Croácia | ANTONIO BRONIC/REUTERS
Refugiado segura uma criança enquanto aguarda para entrar em um ônibus em Tovarnik, na Croácia| Foto: ANTONIO BRONIC/REUTERS

O comissário de imigração da União Europeia, Dimitris Avramopoulos, disse nesta quinta-feira (17) que as barreiras do tipo que a Hungria ergueu na fronteira com a Sérvia são soluções temporárias que só desviam refugiados e imigrantes para outros países e elevam as tensões.

A Hungria deteve na quarta-feira 29 imigrantes que exigiam ser autorizados a passar para outros países da UE através da fronteira húngara recém-fechada e entraram em confronto com a polícia, que usou jatos de água e gás lacrimogêneo.

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“A maioria das pessoas que chegam à Europa é formada por sírios que precisam de nossa ajuda”, disse Avramopoulos, em entrevista à imprensa conjunta com os ministros de Relações Exteriores e do interior da Hungria. “Não há muro que você não vá escalar, nem mar que você não atravesse, se estiver fugindo da violência e do terror”, disse. “Temos o dever moral de oferecer-lhes proteção.”

Avramopoulos convidou a Hungria a continuar a trabalhar com a Comissão Europeia para encontrar soluções comuns e duradouras, acrescentando que a violência não é a resposta.

A Hungria está planejando estender a cerca também para seus limites com Romênia e Croácia (em parte), em uma medida que diz ser necessária para proteger a fronteira externa da União Europeia e a área do espaço Schengen, onde não há controles de fronteira.

O secretário-geral das ONU, Ban Ki-moon, expressou choque e alarme pelo modo como as autoridades lidam com os refugiados e imigrantes na fronteira da Hungria e Sérvia, advertindo que eles devem ser tratados com dignidade e ter seus direitos humanos respeitados.

Mas o chanceler húngaro, Peter Szijjarto, atacou quem critica o modo como a Hungria lida com os confrontos. “É bizarro e chocante como alguns membros da vida política internacional e da imprensa internacional interpretaram os acontecimentos de ontem”, disse Szijjarto, sem citar ninguém especificamente.

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