O recém empossado presidente do Egito, Mohammed Mursi, afirmou neste sábado que a partir de agora o exército voltará ao seu dever de proteger a segurança da pátria, em discurso dirigido à nação realizado na Universidade do Cairo.

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"A Junta Militar cumpriu com sua promessa de não ser uma alternativa à vontade popular. Agora as instituições escolhidas voltarão a desempenhar seus deveres e o exército voltará a se dedicar a proteger a segurança da pátria", disse Mursi.

Mursi, que ganhou as eleições com 51,7% dos votos, manifestou a necessidade de "pôr fim ao caos em todos os setores, especialmente na área econômica", e lembrou que o antigo regime contribuiu para se chegar a esta situação.

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O presidente ressaltou, além disso, que "o povo impôs sua vontade e sua soberania e praticou pela primeira vez todos seus poderes ao escolher a Câmara Baixa e Alta do Parlamento em eleições livres e limpas".

Mursi disse que a Assembleia Constituinte formada recentemente irá recorrer a especialistas de todas as tendências para "consagrar uma Estado democrático, constitucional, moderno e instaurar as liberdades públicas, além de garantir a independência jurídica, e a liberdade de pensamento, criação e inovação que levem o Egito a um Estado moderno".

Dirigindo-se aos familiares das vítimas da revolução, presentes na sala da universidade onde realizou o discurso, Mursi assegurou que sempre tem eles em mente. "Já disse e repito: o sangue dos mártires está em mim", afirmou.

"O povo saiu de maneira revolucionária às praças da dignidade e dos mártires, fez cair um regime injusto e corrigiu os rumos da autoridade de uma maneira civilizada", afirmou.

"Eu digo para aqueles que acham que a marcha será desviada: o povo me elegeu para que ela continue".

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Mursi manifestou ainda seu apoio ao povo palestino e pediu o fim do conflito na Síria. "Nós desejamos que o conflito acabe e nos esforçaremos para isto", disse Mursi, que afirmou que o Egito não exportará sua revolução nem irá interferir nos assuntos de outros países, do mesmo modo que não aceitará ingerências internacionais em questões internas.