O ex-presidente do Paquistão Pervez Musharraf negou hoje que seu governo tivesse fechado há anos um acordo com os Estados Unidos para permitir que forças especiais norte-americanas matassem ou capturassem Osama bin Laden dentro do território paquistanês.
O jornal britânico The Guardian afirmou que os EUA e o Paquistão fecharam um acordo secreto há quase uma década, permitindo que Washington realizasse operações contra Bin Laden e outros graduados líderes da Al-Qaeda em território paquistanês. A negativa foi feita por um porta-voz de Musharraf, Fawad Chaudhry. "Tampouco houve qualquer acordo verbal", afirmou o representante.
Forças especiais norte-americanas mataram o líder da Al-Qaeda no último dia 2. A missão foi considerada por muitos no Paquistão como uma humilhação internacional imposta pelos EUA, país bastante impopular na região.
O Guardian atribuiu a funcionários norte-americanos e paquistaneses aposentados a informação sobre o suposto acordo entre Musharraf e o ex-presidente George W. Bush. O acordo, segundo as fontes, era de que a missão fosse realizada e posteriormente as autoridades paquistaneses reclamassem publicamente da ofensiva. Segundo Chaudhry, a matéria do jornal é "infundada".
Durante seu mandato, Musharraf negou-se várias vezes a permitir que forças especiais dos EUA atuassem no país. "Pervez Musharraf sempre rechaçou o pedido norte-americano para lançar ataques no Paquistão", afirmou o porta-voz.
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