Salzburgo (EFE) – A música clássica pode ter um efeito positivo contra a dor, especialmente a de origem reumática, afirma o especialista austríaco Guenther Bernatzky, diretor de um projeto da Universidade de Salzburgo. "A música ajuda contra a gota", sustentou já em 1773 o médico Petrus Van Swieten, lembrou o analista que expôs sua teoria, confirmada por estudos práticos, num congresso farmacêutico que termina amanhã em Saalfelden, no estado federado de Salzburgo.

CARREGANDO :)

O cientista examinou 65 pacientes que sofriam de dor nas costas e recomendou a 32 deles que todas as noites escutassem música relaxante durante 25 minutos, enquanto que as demais 33 pessoas receberam apenas os tratamentos habituais de fisioterapia. Todos os pacientes deveriam indicar o grau de dor que sofriam numa escala de 10 a 0 pontos, e, entre os que receberam o tratamento musical, as queixas caíram em três semanas de 6,5 a 3,5 pontos, enquanto que no outro grupo a queda foi apenas de 5,9 a 5,3. Também houve considerável melhora nos transtornos do sono sofridos por parte daqueles que escutavam música.

Segundo expôs o idealizador da pesquisa, há resultados parecidos de estudos anteriores em pacientes hospitalares submetidos a uma intervenção cirúrgica que foram submetidos à terapia musical durante o transporte à sala de cirurgia e imediatamente antes da operação. Nesses pacientes, a duração da estadia no hospital diminuiu de quatro a cinco dias e as despesas por remédios se reduziram em 50%.

Publicidade

Dosagem

Como qualquer remédio, a música precisa de posologia adequada, e é preciso reparar os efeitos secundários, por isso, deve-se distinguir pacientes que necessitam de música relaxante e os que necessitam do efeito contrário, acrescenta o pesquisador. Enquanto a música que relaxa ajuda contra a dor e o medo, os doentes de Parkinson podem ter melhorias na capacidade motora com músicas que os acordarem, defende.