Berlim – A tensão social aumentou nesta semana na Alemanha. Grupos de servidores públicos estão em greve há oito semanas. Médicos resolveram lançar uma série de protestos por tempo intederminado. A partir de hoje, deve haver paralisações de metalúrgicos. No entanto, não se esperam na Alemanha manifestações sociais como as que tomam conta da França. As passeatas no país por melhores salários e condições de trabalho não chegam a desafiar o governo da chanceler Angela Merkel.

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Mais de 1 mil operários da BMW de Leipzig interromperam o trabalho por uma hora ontem numa "greve de advertência", antecipando-se a medidas similares que serão adotadas por outras fábricas em todo o país nesta quarta-feira, numa demonstração de solidariedade ao sindicato metalúrgico IG Metall, que reivindicou 5% de aumento salarial para os 3,4 milhões de trabalhadores deste ramo econômico.

"Alemanha não tem uma cultura de conflito social", afirma o cientista político berlinense Peter Grottian, explicando que as greves, qualquer que seja sua amplitude, não ameaçam o governo. As autoridades políticas não têm o costume de se intrometer nos conflitos salariais, cuja solução é de exclusiva competência das organizações de patrões e trabalhadores, explica.

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