Após encontrar com o Papa Francisco no sábado (13) e receber da Alemanha € 2,7 bilhões (R$ 14,53 bilhões) em ajuda militar, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, visita o país neste domingo (14), onde encontrou com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e o primeiro-ministro, Olaf Scholz.
Em resposta a jornalistas em meio a rumores de que Kiev tentaria invadir territórios russos para usá-los em negociações de paz na guerra da Ucrânia, Zelensky descartou que tem essa intenção. "Não temos tempo nem força", disse. "E também não temos armas de sobra, com as quais poderíamos fazer isso", complementou.
O presidente ucraniano afirmou que seus planos se restringem a apenas contra-atacar os russos em investidas em territórios ucranianos.
"Estamos preparando um contra-ataque para as áreas ocupadas ilegalmente com base em nossas fronteiras legítimas definidas constitucionalmente, que são reconhecidas internacionalmente", disse ele.
Zelensky agradece maior aporte alemão à Ucrânia
Zelensky também agradeceu a Alemanha pelo pacote militar anunciado no dia anterior, a maior ajuda do país à Ucrânia. Os R$ 14,53 bilhões incluem quatro sistemas Iris-T de defesa aérea, importantes para defender a Ucrânia de mísseis russos, além de 30 tanques Leopard, drones e veículos de combate. O presidente ucraniano chamou a Alemanha de "verdadeiro amigo" e "aliado confiável" e disse que com o apoio ocidental a derrota russa pode ser irreversível ainda este ano.
Já o primeiro-ministro alemão afirmou que o país apoiará a Ucrânia no tempo necessário e deu razão ao acordo de paz colocado por Kiev, que impõem que ele não seja apenas uma rendição ucraniana. "A Ucrânia está pronta para a paz. Mas exige, com razão e com o nosso apoio, que isso não signifique congelar a guerra e ter uma forma de paz ditada pela Rússia", disse Scholz.
O acordo desejado por Erdogan e não aceito pelo presidente russo, Vladimir Putin, inclui a devolução de todos os territórios ucranianos pela Rússia, incluindo a Península de Crimeia, que foi anexada pelos russos em 2014, e outras quatro regiões que eles já consideram como deles.
Morte de comandantes russos na Ucrânia
Enquanto a Rússia e a Ucrânia não chegam a um acordo, neste domingo (14) Moscou fez um raro anúncio de morte de dois oficiais em território ucraniano. O Ministério da Defesa comunicou que dois comandantes, Viacheslav Makarov e Yevgueni Brovko, morreram "heroicamente" próximo à cidade de Bajmut, um dos epicentros do conflito.
Apesar das lamentações, o país comemorou neste domingo (14) um ataque a depósitos de armas ucranianas entregues por países do ocidente. As autoridades da região, no entanto, afirmam que duas pessoas ficaram feridas em ataques a armazéns de uma organização religiosa e de empresas comerciais.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião