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Benjamin Netanyahu e Barack Obama em encontro na Casa Branca. | REUTERS/Jim Young
Benjamin Netanyahu e Barack Obama em encontro na Casa Branca.| Foto: REUTERS/Jim Young

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reúnem na terça-feira na Casa Branca, na tentativa de mostrar que deixaram para trás um período excepcionalmente turbulento na relação entre esses dois aliados.

Netanyahu deve ter uma recepção mais calorosa do que em março, quando Obama fez questão de não ser visto ao lado do primeiro-ministro israelense. Na época, isso foi visto como uma retaliação à decisão de Israel de manter a ampliação de assentamentos em territórios ocupados, contrariando a pressão de Washington, que vê nisso um obstáculo ao processo de paz entre judeus e palestinos.

Desta vez, há pouca expectativa de avanços concretos, mas o evento - adiado há um mês, depois da ação militar de Israel contra embarcações com ativistas na costa de Gaza - será um teste sobre se Obama é capaz de superar as recentes tensões com Netanyahu para juntos trabalharem pela retomada do processo de paz.

A poucos meses da eleição parlamentar de novembro nos EUA, Obama não deve se arriscar a mais um conflito diplomático com Netanyahu, pois sabe que há grande simpatia por Israel entre eleitores e parlamentares norte-americanos.

A Casa Branca marcou uma entrevista coletiva para o final do encontro no Salão Oval, quando a linguagem corporal de Obama e Netanyahu deve ser atentamente analisada, à procura de pistas sobre o relacionamento entre eles. Em seguida, os dois líderes almoçam na Casa Branca.

Na última visita, não houve foto conjunta nem refeição, mas nos últimos meses o governo Obama tem adotado um tom mais brando, enquanto Netanyahu ofereceu gestos conciliadores. Além disso, os dois governos estão unidos na oposição ao programa nuclear iraniano, assunto que também estará na pauta de terça-feira.

Coincidindo com a visita de Netanyahu, o jornal The New York times disse que documentos dos EUA e de Israel mostram que ao longo da última década pelo menos 40 entidades norte-americanas arrecadaram mais de 200 milhões de dólares em doações dedutíveis do imposto de renda e destinadas a assentamentos judaicos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Há dois anos, uma análise dos registros tributários dos EUA feita pela Reuters apontou 13 organizações isentas de impostos e ostensivamente ligadas aos assentamentos judaicos. Esses grupos arrecadaram 35 milhões de dólares entre 2003 e 2008.

Na sua reportagem, o Times disse que as doações se destinam principalmente a escolas, sinagogas e centros recreativos, mas que também há itens legalmente questionáveis, como construção de moradias e aquisição de miras para rifles.

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