Ditador da Venezuela disse que a Justiça internacional não protege o povo de Gaza e apenas “favorece os interesses do imperialismo americano”| Foto: EFE/Bienvenido Velasco
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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e nesta sexta-feira (1º) chamou de “genocídio” a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. Ele disse que os chefes de Estado debateriam durante a VIII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) sobre a “ineficácia” da Justiça internacional para deter o “massacre” diário de palestinos.

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“Vamos debater agora sobre o genocídio em Gaza e como a Justiça internacional não funciona para deter o genocídio, o massacre, o massacre diário e brutal”, disse Maduro a um pequeno grupo de meios de comunicação, incluindo a Agência EFE, durante uma breve pausa na cúpula realizada no arquipélago de São Vicente e Granadinas.

O ditador venezuelano perguntou “onde está a Justiça internacional para proteger o povo de Gaza” e disse que ela apenas serve para “favorecer os interesses do imperialismo americano, da Europa e do Ocidente, para encobrir os crimes dos assassinos que ordenam massacres, como o massacre” desta semana – em referência a um episódio na Cidade de Gaza em que mais de cem palestinos morreram enquanto faziam fila para receber ajuda humanitária.

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O Hamas culpou Israel, que admitiu que suas forças abriram fogo, mas apenas porque seus soldados se sentiram ameaçados, e afirmou que essa ação resultou em no máximo dez mortes – as outras pessoas teriam morrido atropeladas ou pisoteadas, segundo as forças israelenses. Fontes independentes ainda não esclareceram o que realmente ocorreu.

“Como se chama isso, direitos humanos, direito internacional? E onde está a Justiça internacional? Serve apenas para perseguir os processos de independência. Onde está a Justiça internacional, para que serve essa Justiça internacional, é a Justiça internacional ou é a Justiça dos impérios para perseguir o povo e encobrir os seus crimes? Essa é a grande questão”, concluiu o ditador venezuelano.

O governo do Hamas em Gaza alega que mais de 30 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, morreram no enclave palestino na guerra que começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque contra Israel perpetrado por terroristas do Hamas, que mataram 1,2 mil pessoas e raptaram mais de 200. Israel contesta os números de mortos em Gaza.

Espera-se que a declaração final da cúpula da Celac faça uma condenação firme da guerra em Gaza, segundo o país anfitrião, solicitando um cessar-fogo imediato, permitindo a assistência de ajuda humanitária, o cumprimento da legislação internacional e uma resolução pacífica do conflito com a solução de dois Estados.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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