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Ao contrário dos Estados Unidos, que em outubro suspenderam parcialmente sanções contra a Venezuela, o Conselho da União Europeia (UE) aprovou por mais seis meses, até 14 de maio, medidas contra 16 funcionários da ditadura chavista.
Em comunicado publicado no seu diário oficial na sexta-feira (10), o órgão detalhou que decidiu prorrogar as sanções em razão da “atual crise política, econômica, social e humanitária na Venezuela e das ações persistentes que comprometem a democracia, o Estado de Direito e o respeito pelos direitos humanos”.
“Estas medidas não afetam a população em geral e podem ser revertidas à luz do progresso rumo à restauração da democracia, do Estado de Direito e do respeito pelos direitos humanos na Venezuela”, acrescentou.
Entre os alvos das sanções, estão o número 2 da ditadura de Nicolás Maduro, Diosdado Cabello, e o ex-ministro do Petróleo Tareck El Aissami.
Em razão de um acordo assinado em Barbados pela ditadura chavista e pela oposição para eleições presidenciais livres em 2024, inclusive com observação internacional, o governo americano anunciou em outubro a suspensão parcial de sanções contra a Venezuela, incluindo as de petróleo e gás, por seis meses.
Porém, após o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país suspender todo o processo das primárias da oposição, nas quais a ex-deputada María Corina Machado foi escolhida para disputar a eleição presidencial do ano que vem, os Estados Unidos ameaçaram “tomar medidas” contra a Venezuela, sinalizando o retorno das sanções.