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de olho em 2016

Na Etiópia, Obama ironiza Trump e ataca adversários

Obama e o primeiro-ministro da Etópia, Hailemariam Desalegn | Jonathan Ernst / Reuters
Obama e o primeiro-ministro da Etópia, Hailemariam Desalegn (Foto: Jonathan Ernst / Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez ontem as primeiras menções sobre a disputa presidencial de 2016 ao criticar abertamente os pré-candidatos republicanos à Casa Branca durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia. Obama disse que as críticas dos adversários ao acordo nuclear com o Irã são “ridículas, se não fossem tão tristes”. Ele ainda ironizou o magnata Donald Trump, que causou polêmica por causa de declarações racistas contra latinos.

“[As críticas] talvez sejam para chamar a atenção, ou talvez apenas para tirar Trump das manchetes, mas não é o tipo de liderança de que a América precisa agora”, afirmou Obama. Ele citou nominalmente outro pré-candidato republicano, o ex-governador do Arkansas Mike Huckabee. Até então, ele vinha evitando citar o nome dos pré-candidatos.

O presidente ainda trouxe à tona outros comentários de republicanos críticos à sua administração: “Tivemos um senador chamando [o secretário de Estado] John Kerry de Pôncio Pilatos. Tivemos um senador que também concorre à Presidência sugerindo que sou o principal promotor do terrorismo. Estes são os líderes do Partido Republicano”, afirmou, referindo-se a Tom Cotton e Ted Cruz.

Donald Trump foi o principal alvo de Obama. “Quando ele fez comentários que questionaram o heroísmo de [John] McCain, alguém que suportou tortura e teve uma conduta de extremo patriotismo, o Partido Republicano fica chocado. Ainda assim, isso emerge de uma cultura na qual esse tipo de ataque se tornou lugar comum”. Trump havia desqualificado o ex-senador, que chegou a concorrer com Obama à Casa Branca em 2008, por ter sido capturado ao servir na guerra do Vietnã.

Em sua agenda oficial na Etiópia, o presidente americano pediu aos líderes do país africano para não reprimirem a liberdade de imprensa. Ele participou ainda de uma reunião com líderes africanos sobre a crise no Sudão do Sul. Obama disse que, se um acordo não for alcançado até o prazo final, em 17 de agosto, os EUA terão de “considerar que outras ferramentas têm”.

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