O presidente da França, Nicolas Sarkozy, prometeu hoje uma campanha "sem perdão" contra o grupo separatista Pátria Basca e Liberdade (ETA). A declaração foi dada após um membro do ETA ser acusado de matar a tiros um policial francês.

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"A mobilização da polícia francesa e dos gendarmes (soldados da força incumbida de velar pela segurança e ordem pública na França) contra essa organização terrorista será total e impiedosa", afirmou após um encontro com a família do policial morto na terça-feira.

"Que ninguém imagine que o território da república francesa é uma base de retaguarda tranquila para os terroristas e assassinos que matam, como o ETA tem mostrado que pode fazer há décadas", disse Sarkozy em Damarie-les-Lys, a sudeste de Paris, onde morreu o agente.

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A polícia antiterrorismo francesa prendeu um homem que se identificou como membro do ETA e continuava procurando, após o homicídio, cinco outros suspeitos, incluindo uma mulher, informou hoje um funcionário do Judiciário. A fonte nomeou o suspeito detido como Joseba Fernandez Aspurz.

Investigadores franceses afirmaram trabalhar com a hipótese de que o ETA era responsável pela morte do policial. O próprio grupo, porém, não assumiu a ação. A morte do agente Jean Serge Nerin foi o primeiro ataque fatal contra um policial francês realizado por um membro do ETA.

Sarkozy conversou ontem por telefone com o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero. Ambos concordaram em "redobrar" os esforços para combater o ETA.

Campanha

Considerado um grupo terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, o ETA é apontado como culpado por 828 mortes, em sua campanha de 41 anos pela independência do País Basco, no norte da Espanha e sudoeste da França. Cerca de cem supostos membros do ETA foram presos em 2009 e aproximadamente 30 deles foram detidos desde o início deste ano, muitos deles na França. Sarkozy disse que Zapatero deve comparecer ao funeral de Nerin, na terça-feira.

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