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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu nesta sexta-feira (7) aos deputados franceses o apoio de seu país diante de uma Rússia que em suas ambições expansionistas “não tem limites”, mas avisou que “para a paz justa é necessário mais".
Zelensky, que após participar nesta quinta (6) das comemorações dos 80 anos do desembarque na Normandia, se encontra hoje em Paris para manter reuniões com autoridades francesas. Ele aproveitou para promover a cúpula que a Suíça prepara na próxima semana para reunir apoio internacional para Kiev.
Em seu discurso perante o plenário da Assembleia Nacional, insistiu que diante de um Vladimir Putin que “rejeitou a solução diplomática, o mundo tem que se unir para vencer”.
Ele saudou o fato de mais de 100 países e organizações internacionais apoiarem a cúpula, mas reconheceu que “infelizmente nem todos o fazem".
Embora não tenha citado nomes, uma das ausências mais significativas, e que mais poderá pesar nos resultados obtidos e na capacidade de pressionar Moscou, é a da China, que na prática está se tornando o principal apoio da Rússia no campo econômico.
Zelensky elogiou o posicionamento da França diante do conflito: “Agradeço-lhe por estar ao nosso lado para defender a vida”.
Ainda, o mandatário ucraniano aproveitou o momento para alertar sobre o perigo que o regime russo representa para outros países. "Eles [o governo de Putin] não têm limites. Chantageiam o mundo inteiro para que todos tenham medo", afirmou.
Após o seu discurso na Assembleia Nacional, está prevista uma visita à empresa KNDS, que fabrica tanques de guerra e outros sistemas de defesa, e depois um almoço de trabalho com os ministros de Economia, Bruno Le Maire, e Relações Exteriores, Stéphane Séjourné.
Mas o ponto alto do dia será o encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu.
Os dois mandatários deverão discutir, entre outros assuntos, os anúncios feitos ontem por Macron sobre o envio de caças à Ucrânia e a formação de uma brigada de 4,5 mil soldados ucranianos que serão equipados, armados e treinados.
Isto abre as portas para uma questão polêmica na França e também em outros países, que é o envio para território ucraniano de instrutores militares que poderiam ser alvos das forças russas, o que potencialmente poderia representar um risco de prolongamento do conflito.