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Hillary Clinton acena para a pessoas após sair de uma reunião com o representante indonésio Surin Pitsuwan, em Jacarta | Supri / Reuters
Hillary Clinton acena para a pessoas após sair de uma reunião com o representante indonésio Surin Pitsuwan, em Jacarta| Foto: Supri / Reuters

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, desembarcou em Jacarta nesta quarta-feira (18) com o objetivo de melhorar a imagem de seu país perante o país de maior população muçulmana do mundo e entre seus vizinhos asiáticos, com a promessa de uma nova postura norte-americana de trabalhar em conjunto e dar ouvidos à Indonésia e ao restante do sudeste da Ásia.

A mensagem de Hillary foi calorosamente recebida pelos líderes da Indonésia, onde o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, viveu na infância. Mas a visita de Hillary também foi marcada por protestos em diversas cidades, com alguns participantes mais radicais queimando pneus e atirando pedras em caricaturas da chanceler.

Hillary disse que a escolha da Ásia como destino de sua primeira viagem ao exterior como chanceler "não foi acidental" e sinaliza o desejo do novo governo de manter relações mais amplas e profundas com o continente, no que diz respeito a questões regionais e globais.

Depois de se reunir com o ministro das Relações Exteriores da Indonésia, Hassan Wirajuda, Hillary disse que os dois países pretendem avançar em áreas como o combate ao aquecimento global, a segurança e ações antiterrorismo.

"É exatamente o tipo de parceria abrangente que acreditamos que vá beneficiar tanto a democracia quanto o desenvolvimento", declarou.

A Indonésia é segunda parada de uma viagem a quatro países asiáticos - ela já esteve no Japão e ainda visitará a China e a Coreia do Sul.

Hillary afirmou que a Indonésia consegue ser uma democracia multicultural, ao mesmo tempo que combate o terrorismo e respeita os direitos humanos.

A secretária anunciou o reinício do programa Peace Corps no país. A iniciativa foi suspensa em 1965, quando esquerdistas acusaram os voluntários membros da iniciativa de serem espiões.

"Eu trago saudações do presidente Obama, que disse e escreveu ele mesmo sobre a importância do período dele vivendo aqui quando um jovem garoto", notou Hillary. "Isso deu a ele uma visão não somente sobre essa diversa e vibrante cultura, mas também da capacidade de pessoas com diferentes formações viverem harmoniosamente juntas."

Wirajuda apontou que a Indonésia será uma ponte poderosa para reconectar os Estados Unidos aos muçulmanos. "Como nós provamos, democracia, Islã e a modernidade podem andar juntos", defendeu o ministro. "A Indonésia pode ser um bom parceiro para os EUA chegarem ao mundo muçulmano."

A Indonésia é uma nação secular de 235 milhões de habitantes. Obama viveu no país quatro anos de sua vida, quando criança.

Wirajuda notou que uma visita de Obama ao país seria muito bem-vinda, porém não foi revelado se já há projetos para essa viagem. Hillary também ensaiou uma aproximação dos EUA com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), visitando a sede da entidade em Jacarta. Uma aproximação norte-americana da Asean abriria caminho para uma nova abordagem para promover reformas em Mianmar (ex-Birmânia), que vive sob controle de uma junta militar.

Hillary disse que os EUA pretendem trabalhar juntos com a Indonésia e os outros países da região por mudanças em Mianmar. A segurança foi reforçada para a visita da ex-primeira-dama norte-americana, com 2.800 policiais na capital indonésia, além da presença do Exército. As informações são da Associated Press.

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