A violência no Irã deve "parar imediatamente", pediu nesta sexta-feira (26) o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, ao apresentar a declaração final do encontro de chanceleres do Grupo dos Oito (G-8, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia) em Trieste na Itália. "Nós queremos que a violência cesse imediatamente", diz a declaração dos chanceleres do G-8. "Estendemos nossa solidariedade às vítimas", prossegue o texto.
Os países do grupo pediram a Teerã que busque uma "solução pacífica" para a crise que se seguiu às eleições presidenciais de 12 de junho na república islâmica. Segundo os resultados oficiais, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, reelegeu-se em primeiro turno. Mas a oposição rejeitou o resultado e denunciou que teria havido fraude generalizada. Pelo menos 17 pessoas morreram nos protestos que se seguiram ao pleito.
Os chanceleres do G-8 também exigiram o congelamento das obras nos assentamentos judaicos construídos nos territórios palestinos ocupados, com o objetivo de criar um ambiente que leve à paz, prosseguiu Frattini. O G-8 reiterou também seu apoio à criação de um Estado palestino independente e que viva pacificamente ao lado de Israel.
O G-8 também criticou a Coreia do Norte pelos testes nuclear e de foguete realizados recentemente. Os chanceleres do grupo denunciaram que a ação norte-coreana coloca em risco a paz regional. "Nós condenamos nos mais duros termos o teste nuclear conduzido em 25 de maio em violação à resolução 1718 do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e o disparo de foguete conduzido em 5 de abril constitui ameaça à paz e à estabilidade regionais", diz a declaração.
- Mousavi diz não se sentir intimidado com ameaças no Irã
- Mahmoud Ahmadinejad compara Obama a Bush e exige desculpas
- Líder do Hamas elogia Obama em questão palestina
- Israel acha difícil resolver impasse sobre assentamentos com EUA
- Coreia do Norte adverte para risco de guerra nuclear
- China diz que Coreia do Norte é uma "séria preocupação"